quinta-feira, março 18, 2010

Discografia Imprescendível 021 - Klaus Schulze - Irrlicht (1972)

Após a participação nos primeiros discos dos Tangerine Dream e Ash Ra Tempel, Klaus Schulze, então baterista, surge a solo como teclista, sendo considerado actualmente, um dos nomes maiores da música electrónica.

Schulze provem da denominada escola de música electrónica de Berlim que ganhou relevo nos inícios dos anos 70. Schulz tornou-se uma das peças mais significativas do desenvolvimento da música electrónica germânica, nomeadamente, na música de cariz ambiental e espacial. De certa forma, bandas como os Tangerine Dream, Popol Vuh e o próprio Schulze terão contribuído para o surgimento da música New Age.

A sua formação clássica, poderá em parte, justificar as características mais complexas da estrutura musical dos seus trabalhos a solo. Schulze recorre frequentemente, sendo bem evidente no seu primeiro disco Irrlicht, à repetição de frases musicais, apoiadas em crescendos progressivos até atingir o ponto de exaustão. Os sons são adicionados em camadas, flutuando em espiral em redor do ouvinte, intensificando a circularidade da estrutura musical. Ao contrário dos Tangerine Dream, que apresentavam sons como se fossem pinceladas sonoras, por vezes sem ligação entre si, Schulz apresenta uma estrutura mais convencional, onde a melodia segue um caminho delineado, ou seja, segue do ponto A para o B sem extravios de improvisação. Em abono da verdade, a sua música é bastante rígida, bem ao estilo austero germânico, ao contrário dos seus congéneres CAN ou Faust.

Fundamentalmente, a sonoridade de Schulze permite ao ouvinte vogar por um espaço imaginário, em ambientes meditativos, em longas suites sonoras, perfeitas para serem ouvidas numa noite de Inverno.

Ponto de escuta: Satz Gewintter


1 comentário:

Anónimo disse...

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