sexta-feira, janeiro 20, 2006

NEU!

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Foi com alguma surpresa que li hoje o artigo de Isilda Sanches sobre os Neu!, no suplemento 6ª do Diário de Noticias, uma mítica banda alemã dos anos 70, infelizmente pouco conhecida. Juntamente com outras bandas germânicas (por ex: Can; Faust; Popul Vuh; Amon Düül; Cluster; Ash Ra Tempel; Tangerine Dream, entre outros), os Neu! elevaram o Krautrock e o rock progressivo a estatuto de inovação e experimentalísmo pouco usual na musica moderna. Constituída por dois ex-membros dos Kraftwerk, Michael Rother e Klaus Dinger, gravaram em 1972 o seu primeiro disco e foi uma pedrada no charco. Nunca até então se ouvira sons como aqueles, drones de guitarra cósmicos e um ritmo inebriante da bateria de Klaus Dinger que arrastavam o ouvinte para mundos paralelos. Com o segundo LP, os Neu! com pouco dinheiro, gravam um disco que viria a ficar conhecido na história como um dos primeiros trabalhos de versões, ou seja, as mesmas músicas mas com ritmos diferentes e inclusivamente tocadas ao contrário. O terceiro álbum, o mais consensual dos três, foi editado em 1975, e, é na minha opinião, um dos inventores (e quem sabe), o impulsionador do punk.
Michael Rother juntou-se a Dieter Moebius e a Joachim Roedelius dos Cluster e fundaram os Harmonia, para mais tarde, enveredar por uma carreira a solo, dando ainda uma perninha no colectivo Moonshake na década de 90. A solo editou Esperanza em 1996, uma espécie de filme noir da mente. Klaus Dinger fundou em meados da década de 70 os La Dusseldorf, juntamente com Michael Rother, onde o minimalismo quase punk os conduziu ao Neu!75.
Discos a descobrir, ou redescobrir, porque são peças fundamentais da música moderna.

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