Amanhã é 25 de Abril e infelizmente vou trabalhar. Pelo menos vou para a capital do vidro onde a tradição ainda é o que era, ou seja, ainda se comemora passados 32 anos a revolução dos cravos. Na minha terra, por exemplo, os festejos “oficiais” limitam-se ao discurso de um antigo deputado da antiga Assembleia Nacional, que para quem não sabe, era a antiga assembleia da república onde uns fantoches do Salazar acenavam com a cabeça em acto de benevolência. Boa terra a minha sem dúvida. Hoje saem do baús os velhos discos do Zeca Afonso, do José Mário Brando, do Adriano Correia de Oliveira, do Sérgio Godinho, etc. Pena que seja apenas nesta época do ano, permanecendo esquecidos no resto do ano. Apesar de haver para aí muita gente com vontade de acabar com os festejos, Abril continua a significar revolução, acção, liberdade, e porque não alegria também. Por tudo isso e muito mais, o “velho” slogan 25 de Abril sempre deve ser gritado bem alto, e acrescento eu à laia de revoltado, porra amanhã vou trabalhar…
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