NishT Azoy

Há não muitos dias li uma crónica no jornal Público, que me deixou os cabelos em pé, sobre o assassinato de cerca de 4000 mil judeus (ou cristão novos com se dizia na altura devido ás conversões à força) em Lisboa há precisamente 500 anos atrás. Rezam as crónicas que dois frades franciscanos pregoaram pelas ruas lisboetas que a fome e a peste que grassava na época se devida aos judeus, prometendo cem dias de absolvição dos pecados quem matasse um judeu. Escusado será dizer qual foi o resultado… A fome e a peste não desapareceram depois da chacina… Estes factos históricos pouco são conhecidos, por quê? A nossa tradicional e formatada mentalidade diz-nos que somos um povo tolerante. Não me parece…
Mas toda esta lenga-lenga vem a propósito do último disco dos Black Ox Orkestra, Nisht Azoy. Esta banda canadiana que produz música inspirada na música tradicional judaica criou uma verdadeira obra-prima, que me leva a ficar sem palavras para descrever a beleza dos sons. Um dos melhores discos do ano e a ouvir vezes sem conta…