
Berlin foi o primeiro disco de Lou Reed que ouvi e devo confessor que não sou um grande entusiasta da sua música. Salvo raras e grandes excepções, o som da sua música nunca me cativou por aí alem. É seguramente uma embirração minha, mas canções com ¾ minutos e apenas 2 acordes causam-me irritações cutâneas. Contudo, o que mais aprecio em Reed, são as suas letras, sendo sem dúvida um dos que melhor escreve. E era aqui que queria chegar, Berlin está escrito de uma forma soberba. Após o grande e inesperado sucesso de Transformer, Lou Reed aproveitou para realizar um ambicioso projecto juntamente com o produtor e orquestrador Bob Erzin (sim, o mesmo que fez os arranjos de The Wall dos Pink Floyd e que pós as criancinhas a cantar “não queremos mais educação”), criando orquestrações onde as guitarras, teclas, cordas e sabe-se lá que mais, se juntaram a uma voz de Reed precisa mas sem paixão. A tentativa de criar o disco mais deprimente de sempre saiu um pouco gorada, existindo por ai uns quantos discos que conseguem levar qualquer um a cortar os pulsos à dentada.
Pode não ser de facto o melhor, ou mesmo, ser um dos melhores discos de Reed, mas este trabalho tem um significado especial para mim, talvez por ter sido o primeiro que ouvi…
Pode não ser de facto o melhor, ou mesmo, ser um dos melhores discos de Reed, mas este trabalho tem um significado especial para mim, talvez por ter sido o primeiro que ouvi…
Músicas:
Berlin
Lady Lady
Men of Good Fortune
Carolyne says I
How do you think it feels
Oh, Jim
Carolyne says II
The Kids
The Bed
Sad song
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