
Começo por confessar que não é fácil de escrever sobre Carla Bozulich, cuja carreira demonstra uma grande variedade estética. Mais uma vez, e agora entregue nas mãos da editora canadiana Constellation, surge um disco arrojado, difícil de ouvir, interessante e uma ambiência negra, parecendo que a morte se encontra atrás da porta. O disco, de seu nome Evangelista, começa, na minha opinião, com a melhor música do álbum, onde Carla se liberta de todo o seu passado sonoro e caminha em direcção da escuridão. O restante não atinge a magnitude de Evangelista I, mas não compromete o resultado final. De realçar, que a voz parece um exercício levado ao estremo de imitar Diamanda Galas, talvez mais assustador. Uma nota para finalizar, mesmo os momentos mais pastorais são ensejos de angústia. Imprescindível.
Ponto de escuta:
Sem comentários:
Enviar um comentário