quinta-feira, agosto 03, 2006

Rescaldo do FMM de Sines (parte 1)


Ainda em processo de “digestão” do festival, o maior de sempre no que ao número de bandas participantes diz respeito, mas não necessariamente quanto à qualidade. Porventura, seria melhor não existirem tantos concertos como forma de manter elevada a qualidade geral do festival, mas se analisarmos a questão por outro prisma, ou seja, que este festival é no fundo um verdadeiro serviço público (não podemos esquecer que a maioria dos concertos são de borla), então tudo se compreende e tudo se aceita. O número de espectadores aumentou consideravelmente este ano e nem mesmo a subida (compreensível) dos preços dos bilhetes afugentou o povo. Mas algo tem que mudar, pois o espaço no recinto do Castelo é exíguo e a questão da segurança torna-se problemática. Provavelmente será necessário mudar o local da realização dos concertos. Infelizmente não pude assistir a todos os espectáculos, por cansaço desisti de alguns, outros bem tentei ouvir mas o barulho ensurdecedor da assistência simplesmente abafaram a música. Há coisas que não consigo compreender, o porquê de tanta algazarra nos espectáculos. Mais parecia que o festival era um ponto de encontro para meter a conversa em dia. Enfim…

3 comentários:

muguele disse...

Algumas razões para a algazarra nos espectáculos.

- Ser à borla (quando o são).

- Ser um festival. Vai-se lá ver tudo e não ver nada de especial.

- Fica bem ser visto num festival de "Músicas do Mundo". Ouvido, se calhar, também.

- É um "ponto de encontro para meter a conversa em dia. Ainda me lembro do que me disse o nosso amigo Paulinho no dia a seguir a um concerto do Kusturika: "Estavam lá mais arqueólogos do que num congresso!"

Augusto Jorge Aveleira disse...

essa tem piada

muguele disse...

Se calhar não foi um concerto do "Costuras", mas sim do Goran Bregovic. Na prática vai dar ao mesmo, tirando o facto de a minha memória se ir indo com a idade.