domingo, maio 13, 2007

Festival Islâmico de Mértola


Tem inicio no próximo dia 17 a 4ª edição do festival Islâmico na vila alentejana de Mértola.



Dia 17


In-Canto, de Luísa Amaro 22h30 (Castelo de Mértola)
Concerto de Guitarras Portuguesa e Clássica com Música, Percussão e Dança Oriental.In-Canto é um projecto onde a guitarra portuguesa, e a sua habitual companheira guitarra clássica, se cruzam com outros sons, quiçá remontando às suas origens. Juntam-se aqui à percussão árabe, descobrindo novos timbres e envolvências musicais ilustrados e interpretados por uma outra arte ancestral: a dança oriental.Para tal, forma convidados Tiago Pereira, um estudioso em percussão oriental; Gonçalo Lopes, clarinetista com vasto repertório de música oriental e Joana Grácio, bailarina de dança oriental, criando um espectáculo onde a sonoridade portuguesa se funde com os ambientes orientais. Instrumentos, ora a solo, ora todos juntos, ora em duo, ora com dança criam ritmos que transportam o público para lugares longínquos, onde a sedução e a insinuação se fazem sentir.
Esemble Adafina 00h30 (Praça Luís de Camões)

Dia 18


"À luz do véu" Dança Oriental - 22h30 (Cais do Guadiana)pelo Baubu Teatro DançaMoulay Sherif (Marrocos) É uma formação que baseia o seu trabalho na riqueza da música tradicional e popular de Marrocos. Esta música Conta com uma grande variedade de estilos: a música andalusi que nasceu na região do Al.Andaluz (Sul de Espanha, Sul de Portugal e Norte de Marrocos) e sobreviveu em Marrocos recebendo influências quer da música árabe oriental quer da música proveniente do norte de Marrocos; a música gnawa, de raiz sub-sariana, que se interpreta nas lilas (cerimónias de transe para fins curativos) e que chegou a ser um das mais reconhecidas e com mais êxito fora de Marrocos graças ao interessa que despertou em músicas famosos. O trabalho do Grupo Moulay Sherif baseia-se na música de raiz tradicional, caracterizando-se pela fusão com outros sons a que se junta uma forte dose de improvisação.
Olivertree dance 01h00 (Praça Luís de Camões)



Dia 19


Aida Naden - Iraque 22h30 (Cais do Guadiana)
Nascida em Baghdad, em 1965, Aida Nadeem, desde sempre mostrou uma grande aptidão para a música e, foi aos 12 anos que deu os primeiros passos nesse grande universo, quando começou a aprender fagote, numa academia local. Sentia-se atraída tanto pela música clássica como pela avant-garde e, em 1986, conseguiu o seu primeiro emprego como música da Orquestra Sinfónica do Iraque.
Contudo, como também estava fortemente envolvida na política, viu-se obrigada a deixar o seu país.
Em 1991, quando vivia já na Dinamarca, continuou os seus estudos na Royal Danish Academy of Music. Ao mesmo tempo, começou a envolver-se na música underground da Dinamarca, movendo-se sempre entre a música de dança e a world music de fusão, desenvolvendo os seus dotes como cantora, buscando inspiração nos estilos vocais árabes e do Turkmenistão, muito característicos do Norte do Iraque.
A música de Aida Nadeeem é o resultado da mistura de diversos elementos: oriental, ambiente e electrónica, com grande ênfase no estilo vocal. O resultado é um espectáculo de world music, repleto de energia e com grande significado no que se refere ao contexto social e político do mundo de hoje em dia.
A música que produz, encaixa-se no estilo, geralmente aceite como Arabtronica, do qual se destacam nomes como Natasha Atlas, Nitin Sawhney, Transglobal Underground, etc.
Todos os clichets que já se ouviram acerca das misteriosas e sensuais mulheres árabes, encaixam perfeitamente na Aida, ela faz música electrónica e, a tradição árabe emerge numa nova e vibrante música para o século XXI.
Em 2006, foi nomeada pela Radio BBC 3 para os prémios da World Music de 2007, na categoria de Fusão (Culture Crossing).
Baba Zula - Turquia (Cais do Guadiana)
Os Baba Zula são os pioneiros no que se refere à expansão da música turca de fusão; desta fusão, destacam-se nomes como Mercan Dede (que esteve no Festival Sons do Atlântico em 2006) e os Oojami (participaram na edição de 2005 do Festival Islâmico), entre outros.
Como descrever o seu som? Uma mistura explosiva de música tradicional turca (com passagem obrigatória pela dança do ventre), rock, electrónica, reggae e dub. Ao mesmo tempo que erguem a bandeira do rock turco, utilizam instrumentos e técnicas como o gazel, taksim e bozlak, dub, reggae e groove.
Entre os colaboradores dos Baba Zula destacam-se Sly Dunbar e Robbie Shakespeare (lendas do reggae da Jamaica), Alexander Hacke (dos Einsturzende Neubauten), a diva turca da ópera Semiha Berksoy, entre muitos outros.
Os Baba Zula trouxeram toda uma nova dimensão à música folk turca através do seu único e incomparável som, caracterizado pela fusão da música tradicional turca com elementos electrónicos; A sua música é uma amálgama de gravações de sons naturais, aliadas a instrumentos tradicionais e modernos, acústicos e electrónicos, uma culminação de díspares efeitos electrónicos.
Os Baba Zula conquistaram um espaço e nome próprio, à custa do progressivo reconhecimento como banda de “oriental dub” e, também, através dos seus espectáculos, caracterizados por toda uma vertente teatral que deixa o público chocado, admirado, em verdadeiro êxtase. Os membros da banda, ímpares pela sua aparência, não olham a meios para transformar um espectáculo ao vivo, numa experiência única: os seus concertos incluem frequentemente, dança do ventre, adereços elaborados, animação ao vivo, oferecendo ao público um inebriante festim audiovisual.
Ao longo dos anos, os Bauba Zula compuseram diversas bandas sonoras para o cinema, sendo a mais recente a do filme Dondurman Gaymak. Participaram no documentário Crossing the Bridge (2005), do director Fatih Akın (vencedor dos prémios Urso de Ouro).
Do seu vasto curriculum, destacam-se as actuações em Roskilde Festival (Dinamarqua), Sofia Film Festival (Bulgária), Klinkende Munt Festival (Bélgica), Arezzo Wave Festival (Itália), Images of Middle East (Tournée pela Dinamarca), Cologne Triennale (Alemanha), Printemps de Bourges (França), Şimdi/Now Festival (Alemanha) e o Boost Festival (Holanda).



DJ Raquel Bulha


VJ'S Ibn Ammar e Al-Mu'tamid
Para consultar a restante programação cultural do festival consultem o site oficila da câmara de Mértola.

2 comentários:

Anónimo disse...

vai ser a laxcar..............

bitsounds disse...

gostei bastante da Aida Naden, boa voz e dançava maravilhosamente :)