Syd Barrett está vivo ou pelo menos vive nos sonhos de muito boa gente. O trabalho mais recente dos Bipolaroid continua a evocar os espírito criativo de Syd Barrett e dos seus Pink Floyd. A banda apesar de dar um passo em frente no que diz respeito ao conceito musical e de diferenciação dos cânones “barrettianos”, parece continuar a eleger os trabalhos a solo do britânico como fonte de inspiração. Os Bipolaroid parecem ter perdido o autocarro temporal, arriscando-se a serem catalogados nos anos sessenta. Não depreendam destas palavras que este novo disco é perfeitamente prescindível ou uma cópia barata de tudo o que já foi feito. Não, de todo. Para os apreciadores do psicadélico, ou melhor, para quem não é conhecedor do psicadelismo E(i)ther Or apresenta bons momentos como A day in the life of a raincloud a lembrar uns Spaceman 3, Cucumbersome consegue manter o clímax desde o seu inicio, com os órgãos a adicionarem texturas sucessivas. Os Bipolaroid apontam para caminhos diferentes do psicadélico em relação às novas propostas neste particular estilo musical, procurando influencias directas no passado em vez de pesquisar novas sonoridades, muitas vezes feitas na base de paisagens sonoras caleidoscópicas. Ponto de escuta:
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