quarta-feira, janeiro 21, 2009

Neil Young - A Estrela do Norte #2

Conhecido pela sua voz nasalada, Young é uma lenda do rock americano, mas o seu estilo transita entre o folk e o country rock, alternando discos mais “pesados” (como momentos que se aproximam ao hard rock), e com longos solos de improvisação e com muita distorção. Young começou a carreira no circuito folk/rock da região de Manitoba e em 1966, já em Toronto, forma a banda The Mynah Birds. Juntamente com Stephen Stills, moudou-se para Los Angeles onde formou os Buffalo Springfield, uma banda folk-rock com cariz inovador, mas que no entanto obtiveram pouco sucesso. Somente mais tarde é que foi reconhecido a real qualidade do seu trabalho. Em 1968, com a dissolução da formação, Young iniciou uma carreira a solo, tendo gravado Everybody Knows This Is Nowhere, em 69, e o fundamental After the Gold Rush, em 1970. Estes dois álbuns foram amplamente aclamados pelo critica e recebeu o convite para ingressar na formação Crosby, Stills & Nasch, como membro efectivo. Desta parceria resulta Deja Vu, porventura o melhor trabalho do quarteto, mas esta parceria dura pouco tempo, e após uma digressão pelos Estados Unidos, a banda separa-se. Mais tarde, Young viria a gravar com alguns dos seus ex-colegas.

Em 72, Young lança Harvest, que atingiu um enorme sucesso comercial mas a morte de dois amigos nesse ano, o guitarrista Danny Whytten e roadie Bruce Berry, lança Young numa longa depressão, acabando por se envolver nas drogas e no álcool. Os álbuns gravados neste período são marcados pela solidão e pela morte, as drogas e a loucura, fazendo um som mais cru e pesado que o afastam do grande público e da critica. Entre 73 e 75, lança a triologia Ditch Trilogy, representativa da fase emocional que atravessava: Times Fade Away, On the Beach e Tonight’s the Night, bastante criticados na altura, são hoje considerados obras maiores da música América. Em 75 edita Zuma que é um retorno ao folk e ao country-rock, e em 78 lança Comes a Time, um celebrado disco country. Influenciado pelo impacto cultural punk, Young lança em 79 Rust Never Sleeps, uma aclamação do espírito do rock, seguido de Rust Live, por ventura o seu melhor disco ao vivo.

Nos anos 80, Neil Young desenvolveu uma carreira errática, gravando discos com estilos variados, que iam do rockabilly aos clássicos do country. Com o álbum Freedom de 1989, Young volta à ribalta depois de um período de obscuridade, lançando desde então discos aclamados pela crítica e simultaneamente controversos, evidenciando o seu espírito incendiário e inconformista.

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