Mirror Eye, o novo trabalho dos norte-americanos Psychic Ills, como edição prevista para fins de Janeiro, promete ser um caso sério. O disco inicia com um brilhante tema, muito provavelmente o melhor do álbum, Mantis, com sintetizadores e um par de precursões, padrões sonoros elaborados com guitarras e vozes xamânicas. São 11 minutos de deleite sonoro. Meta, fica na cabeça, circulando em volta graças a sons repetitivos (tal como acontece na generalidade das faixas), criando atenção e tensão, mas que resulta na perfeição. I Take You As My Wife Again, explora mais aprofundadamente o sentido abstracto com sintetizadores metálicos e secções electrónicas improvisadas, transformadas em precursões orgânicas até finalizar numa espécie de techno minimalista. Fingernail Tea, é a que se pode dizer, a mais “normal” canção do disco, muito na linha do anterior trabalho, Dinis. The Way Of, um tema halucinogenico, é o último folgo de energia do disco, formada por sintetizadores rodopiantes, uma linha de baixo muito interessante, um riff de guitarra que se esconde por debaixo da precursão e dos gritos de cabra. O tema final, Go to the Rádio, combina dois loops e sons electrónicos circulares com a voz a repetir o nome da canção. Mirror Eye é o culminar de uma período de experimentação para os Psychic Ills. Uma combinação transcendente de música que simboliza o quanto a banda progrediu e simultaneamente continua a desenvolver uma música multi-género e de vanguarda. Lá mais para o fim do ano, a banda irá lançar um mini-lp com material deste período. Ficamos a aguardar.
Ponto de escuta:
Pschic Ills ao vivo no the Funhouse
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