Magik Markers - Balf Quarry

Conheci os Magik Markers há pouco tempo através da comparsa Ana Rita que me deu a conhecer esta banda que desconhecia por completo, e ainda bem. Desde 2001, os Magik Markers editaram dez discos através da editora e muitos mais em formato cd-r. Confesso que do que conheço desta formação, gosto mais dos seus trabalhos editados de forma independente, o que não deixa de ser natural, pois as músicas por eles realizadas são mais experimentais, tendo a liberdade para explorar sonoridades e conceitos que são sempre difíceis de transpor para cd’s editados por editora. Balf Quarry, o disco de 2009, editado pela Drag City de Thurston Moore e produzido por Lee Ranaldo, habitual produtor dos Sonic Youth. Não é de estranhar que a sonoridade dos Sonic esteja presente por todo o disco. Já em Boss, álbum de 2007, os Magik Markers tem vindo a relegar a componente psicadélica (diria, não estruturada), em benefício de uma componente melódica e estrutura musical mais convencional, perdendo alguma da insanidade e da expoente experimental. Mas isso não é necessariamente mau, bem pelo contrário. O que os discos têm perdido em “insanidade psicadélica” tem vindo a ganhar em componentes estruturais mais complexas. Curiosamente, os temas (que na minha modesta opinião) que melhor resultam são os mais longos, onde a criatividade e a estrutura musical fluem com maior liberdade mas mantendo uma linha orientadora ao longo de todo o tema. The Lighter Side of …Hippies; Jerks; Psychosomatic e Shells são os temas que melhor ilustram essa ideia e que mais se destacam num disco que merece ser ouvido com atenção e mais do que uma vez…

Ponto de escuta:

The Ricercar of Dr. Clara Haber