A mítica guitarra Gibson, é a face mais visível do legado de Les Paul, que morreu ontem em, Nova Iorque, aos 94 anos, vítima de uma pneumonia. Apesar da sua idade, ainda era possível vê-lo em palco semanalmente no clube nova-iorquino Iridium, interpretando os standards country e jazz e as canções que fizeram dele uma estrela nos anos 50. Em 1941, apresentou-se pela primeira vez em palco com o instrumento a que chamou The Log: um pedaço de madeira, ligado a um braço de guitarra, onde instalou dois pickups, o que possibilitava prolongar electricamente as notas tocadas na guitarra. Foi a partir dessa guitatta que, no início dos anos 1950, a Gibson criou o famoso modelo imortalizado com o seu nome. Não foi só pelos temas que tocava com a sua mulher, Mary Ford, que Les Paul ficou famoso. O seu engenho levou-o a inventar novas técnicas de gravação com um sistema multi-pistas. Em 48, ficou com o braço e o ombro direitos esmagados num acidente automóvel. Informado pelos médicos de que não voltaria a recuperar o movimento do ombro e que este se fixaria na posição em que fosse reconstruído, foi preciso nas instruções dadas ao cirurgião que o operou: "Coloque-o de forma a que consiga tocar".
Ponto de escuta:
Les Paul e Mary Ford: How High the Moon
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