Decorreu na passada semana a 12ª edição do Festival de Músicas do
Mundo de Sines. Se é sempre difícil fazer comparações entre as diversas edições, mais o é quando este ano o festival sofreu uma redução de dias. Como já foi amplamente mencionado, a crise também chegou ao FMM, obrigando à contenção de custos e consequentemente à redução de concertos e de dias. Julgo no entanto que a qualidade geral não foi afectada, fazendo jus ao título atribuído por muito boa gente, de “melhor festival” realizado em Portugal. Este ano a novidade consistiu nos concertos gratuitos no castelo realizados antes do habitual espectáculo de fim da tarde na Av. da Praia.
A minha visão sobre a edição deste ano carece do facto de não ter ass
istido a todos os concertos, pelo que a análise é parcial. Pelo lado positivo destaco os concertos do grupo nova-iorquino Barbez, do quarteto bretão Jacky Molard com o trio maliano Founé Diarra, e do grupo finlandês Wimme. Pelo menos positivo, ou seja, pelo lado menos interessante, destaco os concertos da chinesa Sa Dingding que parece ter saído do festival da Eurovisão (não é por encaixar instrumentos tradicionais em orquestrações de pop baratuxa que torna a coisa mais interessante) e dos timorenses Galaxy, com um reportório entre o reggae e o metal, igual a qualquer banda de bairro.
Os Barbez sendo praticamente desconhecidos entre nós, apresentaram uma música rica em texturas e em pormenores, fundido jazz experimental com um rock elaborado, parecendo em determinados momentos estarmos perante uns GY!BE ou uns Silver Mt. Zion. Não posso deixar de salientar a qualidade sonora, que permitiu ouvir os pormenores deliciosos do instrumento theremin (que por aqui já falei).
Jacky Molard conseguiu uma proeza que muitos consideravam impossível; conjugar a música bretã com as melodias malianas. O quarteto de Jacky Molard juntou-se com o trio Founé Diarra e apresentaram um momento inesquecível a um público deliciado, até mesmo para um dos operadores de câmara que dançou de forma efusiva durante o concerto. Igua
lmente do Mali, os Tinariwen apresentaram um espectáculo competente, não muito efusivo, mas que apesar de já terem actuado em Portugal por diversas vezes, foi a primeira no FMM. O público agradeceu e “obrigo-os” a tocaram dois encores.
Wimme, oriundos da Finlândia, trouxeram a voz do povo Sami para um fim de tarde quente. Aliás, a voz esteve em destaque neste festival, onde Lole Montoya e Yasmine Levy conseguiram “agarrar” um público por vezes mais dado a outros ritmos. Por último, os Staff Benda Bilili, que apesar das suas debilidades físicas, transpuseram uma energia impressionante para o público.

A minha visão sobre a edição deste ano carece do facto de não ter ass

Os Barbez sendo praticamente desconhecidos entre nós, apresentaram uma música rica em texturas e em pormenores, fundido jazz experimental com um rock elaborado, parecendo em determinados momentos estarmos perante uns GY!BE ou uns Silver Mt. Zion. Não posso deixar de salientar a qualidade sonora, que permitiu ouvir os pormenores deliciosos do instrumento theremin (que por aqui já falei).
Jacky Molard conseguiu uma proeza que muitos consideravam impossível; conjugar a música bretã com as melodias malianas. O quarteto de Jacky Molard juntou-se com o trio Founé Diarra e apresentaram um momento inesquecível a um público deliciado, até mesmo para um dos operadores de câmara que dançou de forma efusiva durante o concerto. Igua

Wimme, oriundos da Finlândia, trouxeram a voz do povo Sami para um fim de tarde quente. Aliás, a voz esteve em destaque neste festival, onde Lole Montoya e Yasmine Levy conseguiram “agarrar” um público por vezes mais dado a outros ritmos. Por último, os Staff Benda Bilili, que apesar das suas debilidades físicas, transpuseram uma energia impressionante para o público.
Podem ver mais algumas fotografias do festival em Hall of Mirrors.
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