
Merriweather, o novo disco dos Animal Collective, com edição prevista para 20 de Janeiro, é uma banda sonora psicadélica, hippie, ambiente, tribal e com os dois pés na pista de dança. O trio encontra-se cada vez mais na atmosfera dançável, com precursões sincopadas, drones infindáveis e sintetizadores a polvilhar o ambiente sonoro. O que é realmente interessante neste novo trabalho é o rigor do trabalho (que segundo os próprios é o mais bem gravado da banda), onde muitas das experiencias e das atmosferas que surgem em trabalhos anteriores aparecem aqui mais sustentadas, mas ainda assim, renovadas, uma vez que acentuam as estruturas da música de dança.
Desde os primeiros discos, e mais em evidência em Person Pitch, de Panda Bear, que o trio se encontra mais próximo da electrónica que do rock, sem no entanto perder as características fundamentais do som que caracteriza os primeiros trabalhos. Na primeira fiaxa, In the Flowers, a melodia evolui lentamente do ambiente para o caos, cantando “Se eu pudesse abandonar o meu corpo por apenas uma noite”. My Girls parece ser uma síntese de Person Pitch, onde surge “Não me preocupo com bens materiais, tudo o que quero é um lar para as minhas meninas”. O tema principal do álbum está lançado ao segundo tema, a luta contra a rotina mecânica de um mundo sem alma (um velho tema no historial musical), e banda encontra refugio no transe espiritual, no conforto do lar e na formação de comunidade de amigos. No fundo, é mais actualização da antiga filosofia hippie. Mas o que importa reter, é que os Animal Collective ao longo da sua carreira, nessa fuga, constroem e habitam um novo espaço musical. A partir de Also Frightened, o disco segue em espiral de êxtase e desconforto. “Você também está assustado?”, surge a páginas tantas nessa canção. Em Daily Roitine, Panda Bear faz uma lista de actividades do quotidiano e No More Running parece um aceno distante para No Surprises dos Radiohead e um bilhete de despedida para um mundo sem concerto. Merriweather Post Pavilion é agonizante mas simultaneamente suave como seda… Não está ao alcance de todos. Já agora a título de informação, o nome do disco vem de um antigo palco ao ar livre em Columbia onde, nos anos 70 se faziam jams comunitárias.
Muito se falará e se escreverá sobre o oitavo disco dos Animal Collective, seguramente muitas opiniões divergentes surgirão. Este Merriweather… parece-me uma adaptação do som e da atmosfera psicadélica dos anos 60 aos confusos anos do século XXI. Confesso que me tenho vindo a afastar do som dos Animal Collective dos últimos tempos, preferindo ainda os seus primeiros trabalhos, mas a verdade é que este novo álbum parece apontar para novas referências (ou pelo menos apresenta novas formas de apresentação) sonoras, mantendo o tema base de toda a sua carreira.
Desde os primeiros discos, e mais em evidência em Person Pitch, de Panda Bear, que o trio se encontra mais próximo da electrónica que do rock, sem no entanto perder as características fundamentais do som que caracteriza os primeiros trabalhos. Na primeira fiaxa, In the Flowers, a melodia evolui lentamente do ambiente para o caos, cantando “Se eu pudesse abandonar o meu corpo por apenas uma noite”. My Girls parece ser uma síntese de Person Pitch, onde surge “Não me preocupo com bens materiais, tudo o que quero é um lar para as minhas meninas”. O tema principal do álbum está lançado ao segundo tema, a luta contra a rotina mecânica de um mundo sem alma (um velho tema no historial musical), e banda encontra refugio no transe espiritual, no conforto do lar e na formação de comunidade de amigos. No fundo, é mais actualização da antiga filosofia hippie. Mas o que importa reter, é que os Animal Collective ao longo da sua carreira, nessa fuga, constroem e habitam um novo espaço musical. A partir de Also Frightened, o disco segue em espiral de êxtase e desconforto. “Você também está assustado?”, surge a páginas tantas nessa canção. Em Daily Roitine, Panda Bear faz uma lista de actividades do quotidiano e No More Running parece um aceno distante para No Surprises dos Radiohead e um bilhete de despedida para um mundo sem concerto. Merriweather Post Pavilion é agonizante mas simultaneamente suave como seda… Não está ao alcance de todos. Já agora a título de informação, o nome do disco vem de um antigo palco ao ar livre em Columbia onde, nos anos 70 se faziam jams comunitárias.
Muito se falará e se escreverá sobre o oitavo disco dos Animal Collective, seguramente muitas opiniões divergentes surgirão. Este Merriweather… parece-me uma adaptação do som e da atmosfera psicadélica dos anos 60 aos confusos anos do século XXI. Confesso que me tenho vindo a afastar do som dos Animal Collective dos últimos tempos, preferindo ainda os seus primeiros trabalhos, mas a verdade é que este novo álbum parece apontar para novas referências (ou pelo menos apresenta novas formas de apresentação) sonoras, mantendo o tema base de toda a sua carreira.
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